Em dez dias, de 2 a 12 de abril, o sistema fotovoltaico instalado no telhado do Terminal Solar Santa Cândida já gerou 9.032 MWh (megawatt/hora) de energia. Isso representa uma economia de R$ 5,7 mil aos cofres da Prefeitura de Curitiba, dinheiro que pode ser investido em outras áreas do município, como cuidados com a cidade, educação e saúde.
Toda essa geração de energia limpa do sol e o funcionamento da usina solar sobre o telhado do terminal são fiscalizados por uma equipe de engenheiros da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O trabalho, inclusive, começou ainda na fase de elaboração dos projetos executivos para a instalação dos 900 módulos fotovoltaicos e reforço da estrutura dos pilares e da cobertura para suportar as 39 toneladas do sistema - soma do peso dos painéis e o suporte metálico.
A equipe de fiscalização é formada pelos engenheiros civis Roberta Gonçalves e Murilo Fiorucci Pioto e pelo engenheiro eletricista Renato Aparecido de Souza. Concomitantemente ao Terminal Solar Santa Cândida, também estão fiscalizando a instalação do sistema sobre o Terminal Boqueirão, que está em fase final de obras para também começar a gerar energia fotovoltaica, e sobre o Terminal Pinheirinho.
Os três terminais integram o Curitiba Mais Energia, que também conta com a Pirâmide Solar - Parque Fotovoltaico da Caximba, o maior e mais representativo dos sistemas de geração de energia do programa, o Palácio 29 de Março, o Salão de Atos do Parque Barigui, a Galeria das Quatro Estações do Jardim Botânico e a CGH Nicolau Klüppel no Parque Barigui.
A energia gerada pelos módulos fotovoltaicos do Terminal Solar Santa Cândida será injetada na rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e o valor será abatido da conta de energia do município.
Na sexta-feira (12/4), com o céu nublado e o sol aparecendo entre nuvens, o Terminal Solar Santa Cândida gerou 956,6 kWh (quilowatt-hora) até as 13h49.
O programa Curitiba Mais Energia é uma das estratégias da capital previstas no Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima) para combater e mitigar as mudanças climáticas, por meio da produção de energia renovável.
De acordo com o diretor de Eficiência Energética e Geração de Energias Renováveis, João Carlos Fernandes, o trabalho de fiscalização dos sistemas fotovoltaicos é feito todos os dias. “Os fiscais atuam inclusive nos fins de semana e feriados, em regime de escala. Qualquer problema ou desligamento dos sistemas são verificados, e, se necessário, comunicados à Copel”, explicou Fernandes.
A instalação da usina solar sobre o telhado do terminal também exigiu várias soluções de logística para não atrapalhar o fluxo do terminal. Com o suporte da Urbanização de Curitiba (Urbs), pontos de embarque e desembarque foram remanejados temporariamente, e as etapas de maior impacto da obra foram realizadas durante os finais de semana.
Como a instalação dos módulos e das telhas é um trabalho em altura e com eletricidade, havia obrigatoriedade que todos os funcionários estivessem devidamente capacitados atendendo às normas de segurança do trabalho, como as normas regulamentadoras n.º 35 e n.º 10.
“Fizemos o curso de segurança em altura para acompanhar o trabalho de instalação do sistema fotovoltaico. Durante a fiscalização, subimos na cobertura, com todos os equipamentos de proteção e acompanhados do técnico de segurança do trabalho, para verificar a qualidade dos serviços executados. Como o telhado está a uma altura de 6 metros do chão, a primeira vez deu um frio na barriga, sim", explicou a engenheira civil Roberta Gonçalves.
O engenheiro Murilo Fiorucci Pioto afirmou que todos foram treinados para fazer a fiscalização da instalação do sistema fotovoltaico do terminal. “Daqui para frente estamos acompanhando se a energia dimensionada está sendo entregue conforme o que foi definido no projeto, que é 50 Mwh (megawatts/hora) por mês”, disse Fiorucci.
A previsão de energia gerada para o terminal, anualmente, é de 651.000 Kwh (quilowatts hora), que serão compensados na conta de energia dos prédios públicos do município. Isso pode representar, por ano, uma economia de R$ 410 mil, que poderão ser revertidos em benefícios à população com investimentos em outras áreas.
A energia gerada pode abastecer 3.864 casas durante um mês se considerar a média de consumo das residências do Paraná de 168,6 kWh, dado divulgado pela Copel em outubro de 2023.
A energia gerada pelo Terminal Solar Santa Cândida será usada para compensar a conta de luz em 61 unidades consumidoras (prédios públicos) da Prefeitura, como Armazéns da Família, Restaurantes Populares e módulos da Guarda Municipal.
O engenheiro eletricista Renato Aparecido de Souza explicou que o trabalho de fiscalização do sistema fotovoltaico é uma missão. “Acompanhamos diariamente a energia gerada aqui no Terminal Solar Santa Cândida. O aproveitamento da energia sustentável gerada pelo sol é uma tendência mundial. É gratificante trabalhar com energias renováveis no município de Curitiba e poder contribuir com as ações do PlanClima e com a conservação ambiental e o desenvolvimento urbano”, disse Souza.
Roberta Gonçalves também está animada com os novos desafios. “É muito diferente de qualquer área que eu já trabalhei, por isso estudei para entender conceitos de projeto e execução de sistemas fotovoltaicos e a sua interação com a estrutura e instalações civis do terminal. É um diferencial na carreira, sou grata pela oportunidade de acompanhar uma obra desse porte”, definiu.
Todo o monitoramento da geração de energia do Terminal Solar Santa Cândida, da Pirâmide Solar e dos outros equipamentos do Curitiba Mais Energia, é feito de forma remota pelo Centro de Controle Operacional que foi instalado no departamento de Eficiência Energética e Geração de Energias Renováveis, na Secretaria Municipal do Meio Ambiente.