O sol de outono brilhou intenso e radioso, na tarde desta terça-feira (2/4), sobre o bairro Santa Cândida. O prefeito Rafael Greca e o vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, inauguraram o Terminal Solar Santa Cândida, a primeira usina de energia fotovoltaica instalada sobre a cobertura de um terminal de ônibus de Curitiba.
A inauguração é parte das comemorações pelos 331 anos de Curitiba, celebrados em 29 de março, e foi comemorada como um presente: a energia renovável, além de ajudar o meio ambiente, vai trazer economia para os cofres públicos do município.
A previsão de energia gerada para o terminal, anualmente, é de 625.000 Kwh (quilowatts hora), que serão compensados na conta de energia dos prédios públicos do município. Isso pode representar, por ano, uma economia de R$ 411 mil, que poderão ser revertidos em benefícios à população com investimentos em outras áreas.
A energia gerada pode abastecer 3.864 casas durante um mês se considerar a média de consumo das residências do Paraná de 168,6 kWh, dado divulgado pela Copel em outubro de 2023.
A energia gerada pelo Terminal Solar Santa Cândida será usada para compensar a conta de luz em 61 unidades consumidoras (prédios públicos) da Prefeitura, como Armazéns da Família, Restaurantes Populares e módulos da Guarda Municipal.
O prefeito explicou que o Terminal Solar Santa Cândida passa a integrar o programa Curitiba Mais Energia, uma das estratégias da capital previstas no Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima) para combater e mitigar as mudanças climáticas, por meio da produção de energia renovável.
O sistema da usina fotovoltaica foi ligado às 14h55 desta terça-feira (2/4) e até as 17h30 já tinha gerado R$ 300 de economia para a Prefeitura, com uma potência instantânea de 20,38 quilowatts.
“A geração de energia está no comecinho, mas ao longo da história nós teremos uma cidade solar. O sol é grátis e econômico. Não poluir é econômico. Não sujar o mundo é econômico. Evitar o aquecimento global é econômico. Curitiba faz a sua parte. Viva a luz que brilha em Curitiba. Viva a Curitiba Solar”, afirmou Greca.
O vice-prefeito Eduardo Pimentel explicou que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente também está instalando os sistemas fotovoltaicos nas coberturas dos terminais do Boqueirão e do Pinheirinho.
“Queremos fazer de Curitiba uma cidade autossustentável na geração de energia solar. Essa inauguração de hoje é ação de uma cidade inteligente, porque economiza recurso público que pode ser investido em outra parte do orçamento, como na saúde e na educação”, afirmou Eduardo Pimentel.
A energia gerada pelos módulos fotovoltaicos do Terminal Solar Santa Cândida será injetada na rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e o valor será abatido da conta de energia do município.
Segundo a Urbs (Urbanização de Curitiba), pelo Terminal Santa Cândida circulam 11 linhas do transporte coletivo de Curitiba e passam diariamente 30 mil pessoas.
A Família Folhas participou do evento para reforçar a mensagem aos moradores do Santa Cândida sobre a importância de se buscar atitudes sustentáveis para o meio ambiente.
O programa Curitiba Mais Energia já contemplou com módulos fotovoltaicos o Palácio 29 de Março, o Salão de Atos do Parque Barigui e a Galeria das Quatro Estações do Jardim Botânico. Além da CGH Nicolau Klüppel, que gera energia a partir da queda d’água do Parque Barigui.
A Pirâmide Solar de Curitiba - Parque Fotovoltaico da Caximba, que completou um ano de funcionamento no dia 29 de março, é o maior e mais representativo dos sistemas de geração de energia do programa Curitiba Mais Energia.
Ainda neste ano está prevista a licitação para instalar o mesmo sistema de energia fotovoltaica no telhado da Rodoferroviária de Curitiba. Estes empreendimentos, somados à Pirâmide Solar de Curitiba, deverão prover cerca de 60% do consumo de energia dos prédios da administração da Prefeitura.
“Curitiba tem muita luminosidade, a nossa Pirâmide Solar completou um ano de geração de energia limpa e mostrou a assertividade do projeto. Curitiba está mostrando que é capaz de trabalhar com as novas energias, com as energias renováveis, pautadas no enfrentamento às mudanças climáticas. A Pirâmide Solar já gerou R$ 2,3 milhões de economia para o município”, afirmou a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias.
De acordo com o diretor de Eficiência Energética e Geração de Energias Renováveis da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, João Carlos Fernandes, a geração da energia fotovoltaica no Terminal Santa Cândida vai ajudar a melhorar o ar da cidade.
“Por ano vamos evitar a emissão de cerca de 316 toneladas de CO2 com a geração da energia dos módulos fotovoltaicos. Isso equivale a substituir seis ônibus movidos a diesel por ônibus elétricos, mas com um custo três vezes menor”, explicou Fernandes.
O projeto de engenharia do Terminal Solar Santa Cândida foi financiado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e apoiado pelo grupo de cidades contra o aquecimento global, o C40.
Também participaram da inauguração, o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto; o secretário municipal do Desenvolvimento da Região Metropolitana de Curitiba, Leverci Silveira Filho; o secretário municipal Defesa Social e Trânsito, Péricles de Matos; os superintendentes de Controle Ambiental, Ibson Gabriel Martins de Campos, e de Obras e Serviços, Jean Brasil; os diretores de Parques e Praças, Giovando Amorim Romanine, de Recursos Hídricos e Saneamento, Antônio Carlos Gerardi, de Serviços Especiais, Clarissa Grassi Dias, de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Ferraz Evaristo de Paula, e de Mudanças Climáticas, Felipe Maia Ehmke; os administradores regionais do Boa Vista, Janaína Lopes Gehr, e do Fazendinha/Portão, Gerson Gunha; a pesquisadora da Universidade de Potsdam (Alemanha), Anna Fünfgeld, que está em Curitiba conhecendo os programas da cidade no enfrentamento às mudanças climáticas; o superintendente da Guarda Municipal, Carlos Celso dos Santos Júnior; e os vereadores Rodrigo Reis e Sargento Tânia Guerreiro.